Por Elizabeth Piper e Paul Sandle
LONDRES (Reuters) - A primeira-ministra Theresa May disse que a Grã-Bretanha discorda das restrições do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imigração depois de ser criticada por parlamentares de seu próprio partido por não condenar o decreto quando questionada inicialmente.
Em uma visita à Turquia no sábado, ela foi questionada três vezes sobre o movimento de Trump em estabelecer um período de quatro meses para permitir a entrada de refugiados nos Estados Unidos e proibir temporariamente a entrada de viajantes da Síria e de outros seis países de maioria muçulmana, afirmando que isso protegerá os norte-americanos de islamistas violentos.
May - que havia voado para a Turquia dos Estados Unidos, onde foi a primeira líder estrangeira a encontrar-se com o novo presidente dos EUA para conversações que ela chamou de bem-sucedidas - respondeu que Washington é responsável por sua política de refugiados.
Mas, após ser atacada por seu próprio partido, o porta-voz dela disse que o Reino Unido discorda da proibição de Trump.
"A política de imigração nos Estados Unidos é uma questão para o governo dos Estados Unidos, assim como a política de imigração para este país deve ser definida pelo nosso governo", disse ele.
"Mas não estamos de acordo com este tipo de abordagem e não é uma que iremos seguir. Estamos estudando este novo decreto presidencial para ver o que significa e quais são os efeitos jurídicos e, em particular, quais são as consequências para os cidadãos do Reino Unido."
(Reportagem adicional de Michael Holden)